Brasil em Colapso Emocional: Afastamentos por Saúde Mental Disparam 134% em 2025
- Marina Silva
- 20 de abr.
- 2 min de leitura
Atualizado: 27 de abr.
O Brasil está enfrentando uma crise silenciosa, mas devastadora: os afastamentos por problemas de saúde mental aumentaram 134% nos últimos anos, segundo dados divulgados por entidades públicas e de saúde ocupacional.

Em um cenário pós-pandêmico, marcado por inflação, sobrecarga de trabalho e incertezas sociais, transtornos como depressão, ansiedade, burnout e estresse crônico vêm afastando milhões de brasileiros da vida profissional — e, em muitos casos, da convivência social.
Os números da crise
Segundo levantamento do INSS e dados do Observatório de Saúde Mental da Fiocruz:
O número de afastamentos por transtornos mentais dobrou em cinco anos;
Os principais diagnósticos incluem episódios depressivos (CID F32), transtornos ansiosos (CID F41) e reações graves ao estresse (CID F43);
Mulheres jovens (de 25 a 39 anos) lideram os índices de licenças médicas.
Só 46% dos municípios têm política de saúde mental
Um dado alarmante revelado pelo Ministério da Saúde mostra que apenas 46% dos municípios brasileiros possuem políticas públicas ou programas voltados à saúde mental.
“Estamos pagando o preço de anos de negligência. O país precisa de uma revolução silenciosa na forma como cuida de suas emoções coletivas”, afirmou a psicóloga Camila Sampaio, especialista em saúde ocupacional.
Impacto nas empresas e economia
As empresas também sentem o baque. Afastamentos por doenças psíquicas estão entre os principais motivos de perda de produtividade no setor privado.
Muitas organizações ainda falham em criar ambientes emocionalmente saudáveis, e a falta de suporte psicológico no trabalho agrava a exaustão e o esgotamento.
Caminhos possíveis: o que pode (e deve) mudar?
Especialistas apontam ações urgentes:
Criação de centros de apoio psicológico nos municípios;
Incentivo à terapia via SUS e telessaúde;
Programas de bem-estar nas empresas;
Educação emocional nas escolas.

O aumento de 134% nos afastamentos por saúde mental é um grito de socorro coletivo. Mais do que números, são vidas, histórias e famílias pedindo atenção. É hora do Brasil cuidar da mente com a mesma urgência com que trata o corpo.
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